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  • 12 novembro, 2023

Janeiro Roxo: Brasil é o 2º país com maior número de casos de Hanseníase no mundo

No último domingo do mês de janeiro é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, mas as ações do Janeiro roxo acontecem desde o primeiro dia do ano. A intenção é chamar atenção da população para os sinais e sintomas de uma das doenças mais antigas do mundo e que ainda hoje possui números alarmantes. De acordo com o Boletim Epidemiológico Mundial, publicado em agosto de 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), do total de 210.671 casos novos de hanseníase informados, o Brasil teve 26.875 registros da doença, ficando atrás apenas da Índia que teve 126.164 casos. Sendo assim, o coordenador de comunicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), Alexandre Moretti, faz um importante alerta: ” A Hanseníase tem cura e o tratamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por isso, busque ajuda médica ao surgirem os primeiros sintomas, fazendo com que você se cure e evite transmitir a doença para outras pessoas”.

Tire suas dúvidas sobre a Hanseníase:Quais são os principais sintomas?
Surgimento de manchas despigmentadas (com pouca coloração) e que apresentam perda de sensibilidade: calor, frio, dor e tato, essas áreas podem apresentar sensação de formigamento, fisgadas e dormência. As lesões podem surgir em qualquer parte do corpo, porém é mais comum na face, nádegas, braços e pernas. Conforme a evolução da doença as lesões tornam-se mais palpáveis e visíveis, pois se transformam em placas, nódulos, podendo ainda atingir nervos e causar dor e perda de força muscular, principalmente em membros inferiores, superiores e rosto. A falta do tratamento pode levar ainda a lesões irreversíveis, como: destruição óssea, lesões nervosas e úlceras. Pessoas de qualquer sexo, idade e classe social pode “pegar” Hanseníase?
Apesar de qualquer um estar sujeito a adquirir a bactéria, 90% da população tem resistência para adoecer. Apenas a população de baixa renda tem Hanseníase?
Não, qualquer pessoa pode ter a doença, porém locais de moradia aglomerada facilitam a transmissão A Hanseníase pode causar deformidades e incapacidade física?
Com o diagnostico e tratamentos tardios, há o risco grave de sequelas. O paciente precisa ser isolado?
Não, pois a transmissão depende do convívio íntimo e continuo com um paciente multibacilar, ou seja, que esteja em formas avançadas da doença, e que este esteja sem tratamento. Após o inicio do tratamento a transmissão do bacilo é interrompida. Além disso, a pessoa que recebe o bacilo precisa ter pré-disposição genética para desenvolver a doença. Quanto o tempo médio de tratamento?
O tratamento recomendado pelo Ministério da Saúde é a poliquimioterapia, que tem duração em média de 6 meses a 1 ano, mas em casos mais avançados podem chegar a dois anos. É importante ressaltar que interromper o tratamento pode ser bastante nocivo pois o bacilo torna-se resistente ao tratamento demandando um tratamento mais prolongado.

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